Cachoeira da Pedra Furada
Alô, alô!
Todos que não costumam viajar comigo sempre fazem a mesma pergunta: "Tem alguma cachoeira aqui perto, que seja fácil de chegar e se possa voltar no mesmo dia?" E a resposta é muito simples, sim!
O perto sempre é relativo, mas levando em conta o custo/benefício esta cachoeira está dentro de todos os bolsos, tempo e fôlegos possivies já que não está longe da capital, tem fácil acesso além de ser extremamente revigorante o seu visual.
A cachoeira da Pedra Furada fica na cidade de Biritiba-Mirim, mas o seu acesso é feito por Mogi das Cruzes através da rodovia Mogi-Bertioga. Aos que gostam de economia, assim como eu, vão preferir a opção do transporte público que é visivelmente mais barata para se chegar. O caminho é simples: ir até o Terminal Estudantes (última estação da linha 11-Coral da CPTM) e pegar o ônibus Manoel Ferreira e descer na balança de pesagem de caminhões que é o ponto final.
DICA: antes de ir procure saber os horários do ônibus tanto para a ida quanto para a volta, já que são poucos os horários tanto para a ida quanto para a volta. Vale a pena também ver a situação dos trens da CPTM, pois a mesma pode estar em manutenção neste dia o que pode trazer alguma mudança significativa no tempo de viagem até Mogi.
Deste ponto começa o primeiro trecho da caminhada. Seguimos pela Mogi-Bertioga por volta de 3Km pelo asfalto tomando muito cuidado pois há trechos que não se tem acostamento na pista. Por se tratar de uma estrada o cuidado deve ser redobrado para não ter nenhum contra-tempo e para evitar a maioria deles basta começar com algumas atitudes básicas como sempre andar em fila no trecho sem acostamento e andar no sentido contrário dos veículos (você consegue ver os carros que estão vindo, não está de costas para eles).
Nesse trecho de estrada tem como se aproveitar do visual da serra para tirar fotos. O ponto mais interessante é o marco de entrada no Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) - núcleo Itutinga-Pilões com os Totens representativos de cada um dos núcleos e seus respectivos animais-símbolos.
Após 3Km de caminhada pelo asfalto da rodovia (parte mais cansativa) chegamos até a entrada da trilha... ela é bem visível mas o caminho em sí não é muito demarcado e com várias bifurcações, ou seja, vá com alguém que realmente saiba o caminho. Não quero ver pessoas se perdendo na Serra do Mar.
O estado de conservação da trilha até a cachoeira varia de acordo com a época do ano. Se for uma época seca (inverno) a trilha é mais fácil de se achar, não te sujar tanto, diminui o risco de quedas e parte da vegetação "seca" facilitando e muito pra quem entra. Na época de chuva (verão) a situação se inverte pois grande parte da trilha vira verdadeiras piscinas de barro, a vegetação ganha nova vida (principalmente os espinhos, cuidado com eles), o número de insetos incomodos aumenta (e muito), entre outros. Eu fui nos dois períodos então deu pra sentir na pele cada diferença.
Mas fora esses detalhes, a trilha é bem fácil, não é preciso ter técnica vertical, montanhismo ou experiência com trekking, basta tomar cuidado onde se coloca a mão e onde apóia o pé. Do mais, basta se saber aproveitar o passeio inteiro!
O percurso de trilha varia em cerca de 3,5Km e não é tão cansativo. Tem variação de desnível total (do ponto mais alto até o mais baixo, mas não necessariamente de uma vez só) de cerca de 40m com alguns obstáculos pelo caminho que na sua maioria são riachos e troncos caídos. Nada de impossível. Até uma criança consegue fazer ela sem problemas.
A primeira vista que se tem é uma represa natural formada pelo encontro de dois rios. É essa água que forma a cachoeira. Nesse lugar dá para tomar um belo banho de rio e com profundidade de 2,5m tem que saber nadar apesar de não ter tanta correnteza quando está na época de seca. Na cheia só recomendo entrar na água se realmente souber nadar pois a força da água é muito forte.
Essa represa fica na parte de cima da cachoeira e para chegar na sua base temos que descer a pedra. Para descer é necessário ir pelas raízes e árvores que tem na lateral da pedra, pois o caminho por trilha é muito fechado, o que torna seu acesso bem complicado e com mais risco de se perder.
DICA: Quando estiver descendo tome muito cuidado onde coloca mãos e pés. Certifique-se de que onde está segurando agüenta o seu peso e se está realmente fixo. Pode ter raízes superficiais que aparentam estar bem fixadas e não estão. Por ser um local distante o resgate fica mais difícil.
A vista da cachoeira é magnífica. A pedra tem cerca de 20m de largura por 7 de altura, mas a parte por onde a água passa é de cerca de 3m. Como a água passa por uma fenda, ela abriu um furo na pedra e por isso tem o nome de Cachoeira da Pedra Furada. Quando está assim é bem vindo um banho em baixo da queda d'água.
Quando está na época de chuva a água consegue passar por cima desta pedra que faz o represamento fazendo assim uma cachoeira ainda maior e quando está desse jeito recomendo o dobro da atenção se você quiser entrar na água pois a pedra é muito lisa e você pode escorregar e se machucar feio. Não queira ir até a água sozinho, vá acompanhado pra ter um suporte na hora se você escorregar.
Para voltar é a mesma coisa. Volta pelo mesmo caminho. O ônibus que retorna para o terminal Estudantes em Mogi das Cruzes sai do mesmo ponto onde deixou, ou seja, na balança. Para informações sobre o horário dos ônibus, consulte o site da prefeitura de Mogi.
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Até a próxima!!!